quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Léo;

Creio que tenhamos visto demais um ao outro. Tu começaste a pensar mais em ti, eu mais em mim, quando antes pensávamos como um (como nós). Espero que tu tenhas aprendido que é preciso abstrair algumas coisas (sei que é difícil, eu sei, eu sei), e que o mundo nada mais é que o nosso prisma sobre ele. Se um mudar, o outro vai ter que mudar também. Somos um, tu sabes, mas a interação com o ambiente é caótica (sempre foi assim, não seremos nós que mudaremos isto, só mudamos a nós mesmos). É preciso resignar-se. Só se vive uma vez (ou assim penso eu, mas nunca ninguém me provou o oposto). Sofrer o menos possível é a meta, e só isto ja é difícil o suficiente (ouvi dizer). Espero que fiques bem. Se eu presenciei um momento importante de transição em tua vida, não penses tu que eu tenha mudado menos por testemunha ser.

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