Tenho tudo. Tenho tudo e sou tudo, de fato. Matéria, sentimento, irracionalidade, dialética, tudo isso. Tenho, tu tens, todo mundo tem. Isso não é impressionante. O que me impressiona é o fato de eu ainda me sentir sozinho, apesar de. E se eu não souber como moldar minha realidade? Sou eu que me sinto sozinho, ou estou sozinho de fato? O mundo é complicado ou eu é que sou? Ou o mundo é complicado por não perceber o quão simples as coisas são? Ou sou eu que não percebo como as coisas são simples e me projeto no mundo de determinada maneira... Seria uma simples questão de esquecer a lógica interna do que me faz ser quem sou? Seria essa lógica interna um grilhão? Seria, então, uma simples questão de esquecer? De se esquecer? Ou seria isso apenas, ainda e mais uma vez, um recomeço? E um recomeço do que, afinal? Se a vida é só esta daqui? Não seria a loucura a repetição de padrões, esperando resultados diferentes? O que se recomeça, afinal? A vida? A lógica interna do Eu? Se recria um novo padrão de projeções? Não seria todas essas questões uma simples questão de amar? Seria isso? Seria falta de amor? É pouco amor e excesso de razão? É pouca razão e excesso de sentir?
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