quinta-feira, 15 de maio de 2008

Léo;

Acho que falar merda é uma auto-defesa contra meu medo de amar. Uma auto-defesa um tanto auto-destrutiva que faz com que eu me odeie um pouquinho depois, mas não muito porque eu sempre tenho aquela ponta de orgulho de mim mesmo, não importa o tamanho da merda que eu tenha. Eu perguntei a Danilo um dia se borboletas significavam amor e ele disse que borboletas era "que seja eterno enquanto dure", que amor era estar com alguem sem querer nada em troca. A Jô me disse que o bom é quando as borboletas continuam mesmo muito tempo depois. Pra mim, só o fato de eu sentir borboletas ja caracterizava amor, o que na minha opinião prova a minha imaturidade nesse assunto. Eu cheguei mesmo a odiar você, porque eu não sabia o que eu estava sentindo exatamente, eu ficava exaustivamente procurando defeitos em ti. O engraçado é que se fosse qualquer outra guria eu estaria gritando seus defeitos para quem quisesse ouvir, mas só não faço isso por respeito, por medo de você se magoar. Mas eu sei que voce não se magoaria, porque voce é a pessoa mais tranquila do mundo (não acho que tu concordaria com esta afirmação, deve ser apenas projeção minha), voce só me acharia patético. Mas o fato de eu não ter falado mais merda aqui e de estar escrevendo isso com um tom de quem pede desculpas, acho que prova que eu gosto de ti. Mas eu preciso urgente aprender a lidar com meus sentimentos, porque eu só consigo reconhecer meu medo e meu ódio, e os outros sentimentos ficam tão confusos em mim, que por medo eu afasto tudo, eu tento odiar, porque o ódio eu conheço, e eu fico mais confortável sentindo ódio do que com medo de não saber o que sinto. Então me perdoa.

Beijos, Léo.

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